Superação Além das Aparências:

 Acredito que 2024 entrará com dois apelos muito grandes, os dos golpes e o apelo por apoio financeiro, principalmente das pessoas com deficiência.


Pois, em um século onde a inclusão, a acessibilidade ainda se torna algo escasso a quem realmente precisa, por mais que vivamos em um país com altos juros, umas das coisas mais caras são os equipamentos para pessoas com deficiência.


  • Andador 

  • Muleta

  • Cadeira de rodas

  • Póteses 

  • Adaptar o carro

  • Sem contar que muitos só precisam colocar rampa em casa


Questionar esse conteúdo dizendo que o Sistema Único de Saúde (SUS) dar de graça é relativo, já que nem o SUS ou qualquer outro programa do Governo Federal ou Estadual reforma a casa da pessoa com deficiência de graça, e enquanto a minha bota ortopédica era dada pela AACD devido estuda em suas escolas, a durabilidade era em torno de dez anos, e quando passei a fazer pelo SUS, já que custa R$1200,00, a durabilidade caiu para um ano.


Dessa forma, quando vejo um apelo por apoio financeiro, principalmente das pessoas com deficiência, por viver dentro desse mundo, sei que a maioria não é por se fazer de coitado ou golpe, mas talvez a única tentativa de realizar um sonho e provavelmente ter uma vida mais confortável.


Sendo assim, podemos questionar que vivemos em um país de terceiro mundo, está difícil para grande maioria da população e o correto não é pedir vakinha, mas trabalhar correto? Mas quantas pessoas com deficiência com alta sequela de ver empregadas?


Lei de cotas ou INSS, por onde se deve seguir?


Quem nasce com algum tipo de deficiência e sequelas tem dois caminhos, onde irei relatar os dois caminhos em detalhes, já que vivi ambas situações, acredito poder relatar com propriedade, sendo o primeiro o trabalho com carteira assinada.


A pessoa em questão primeiramente precisa ir ao seu médico pedir um laudo não atestando que pode trabalhar, mais, para buscar um CID, que nada mais é do que uma classificação internacional de doença, e com esse número as empresas consegue ver se você entra na lei de cotas ou não, porque sim, algumas doenças não entra na lei.


Dessa forma, o segundo passo é pegar o CID e o currículo e procurar emprego, esperando ser chamado, porém há uma questão que quase ninguém conta, que é a seguinte,  como 98% das empresas está contratando porque se não pagar multa, no momento da entrevista, o entrevistador não vai avaliar o melhor currículo, mais sim, o que tem menos sequelas, ou seja, é muito mais fácil uma pessoa que não tem uma perna conseguir do que quem usar cadeira de rodas, ou tem paralisia cerebral.


Entretanto, antes da pessoa com deficiência realizar apelo por apoio financeiro, ele ou ela pode tentar o LOAS do INSS, onde o médico particular afastar a deficiência e a incapacidade de trabalhar, o médico do INSS atesta, a Assistente social vem em sua casa, olhar tudo, atesta o pedido, tudo muito humilhante para chegar o INSS no final e nega o pedido por que alguém na casa ou no quintal ganhar um pouco a mais e para o INSS poderá te sustentar.


Contudo, falo com propriedade, já que lá atrás eu só consegui o benefício de um salário mínimo após ter entrado na justiça, ter perdido uma estância e ganhei duas, e ter saído por estado de miserabilidade.


Entretanto, 8 anos depois queria mais, como tinha terminado o colegial, não queria mais ganhar dinheiro sem ser útil, então decidi procurar emprego, por mais que sabia que perderia o benefício.


Dessa forma, me lembro de sair de casa sozinho, fazer minha carteira de trabalho e começar minha busca, só não sabia aonde estava me metendo, e que ainda no século XXI o preconceito estaria mais forte, porém, disfarçado e mascarado no "politicamente correto".


A coragem da alma em pedir apoio!


De multifuncionais, a empresas de bairro, passando pela antiga telefônica e até mesmo empresas de advocacia, a respostas eram a mesma, "vamos te ligar", bom, tô esperando até hoje só uma ligação, nada, sem contar as caras dos entrevistadores quando via eu andar e principalmente quando abrir a boca para começar a entrevista, claramente eu era de outro mundo, isto que as vagas eram de ADM, assessorista, trabalhar com planilhas no qual amo, e até jardineiro.


Dessa forma, quando estava perdendo as esperanças, já tinha parado de buscar emprego, descubro que o lugar que tinha realizado diversos cursos estava com uma oportunidade de jovem aprendiz, era minha última chance,  fiz meu cadastro, e depois pedir para quem trabalhava lá dentro e eu tinha certa amizade se podia me ajudar.


Sendo assim, será conteúdo para um novo momento, mais conseguir a vaga,  me dedicando ao máximo, não faltando nenhuma vez, fui efetivado após um ano com louvor, até que se passou 5 anos e acontecimentos juntos com a pendência me fez ser despedido.


Portanto, após ser despedido, vendi Hinode, bijuterias, virei freelancer como escritor, tomei coragem para criar uma vakinha, onde só divulguei para quase ninguém.


Mas, hoje com a experiência ganhado ao longo do tempo, e com situações vivida, talvez esteja errado, mais de vez me humilhar para o INSS, de vez me humilhar para conseguir um trabalho onde não serei valorizado, prefiro ser freelancer, ganhar 1, 2, centavo por palavra escrita, escrever meus ebooks, e deixe minha vakinha rodando para quem sabe encontre alguém que não queira dar por caridade, por dó, mais em apóio ao homem que me tornei,


Não deixando meus sonhos morrerem!


Vakinha, freelancer, e-book, venda de cursos, só não posso deixar meu sonhos morrerem, de quitar minhas dívidas, e conquistar minha independência de morar outra vez sozinho, ou quem sabe, até lá encontre a tampa da minha panela torta.


Concluo assim, que a vida é muito curta, e já que o preconceito está mascarado atrás do "politicamente correto" decidir mudar as regras do jogo para alcançar com mais dignidade meus sonhos e objetivos guardados no meu peito.


Portanto, em um século onde não vir tanto golpe sendo dado por aqueles(as) que querem dinheiro fácil, sem esquecer de um século onde o preconceito está mascarado, quando se ver uma pessoa com deficiência pedir vakinha, ela não está pedindo assistencialismo, ela, a pessoa só quer dignidade de ter condições de realizar seus sonhos.